Uma empresa que busca reduzir perdas e melhorar a eficiência operacional precisa de um controle de estoque preciso e atualizado.
No dia a dia, manter as informações dos produtos armazenados corretas é um grande desafio. Para isso, existem diferentes métodos de inventário – e os mais comuns são o inventário cíclico e o inventário geral.
Mas qual a diferença entre eles? E qual a melhor opção para o seu negócio?
Hoje, vamos explicar como cada um funciona e como um WMS pode otimizar o controle de estoque.
O que é inventário cíclico e como funciona?
O inventário cíclico é uma metodologia de controle de estoque que realiza contagens frequentes e segmentadas dos produtos, para garantir o monitoramento contínuo, a acuracidade e a precisão nas informações.
Diferente do inventário geral, que exige a contagem total do estoque de uma só vez, esse método divide a conferência em ciclos menores, para verificar diferentes categorias de produtos em momentos distintos.
As empresas que adotam o inventário cíclico podem definir a frequência das contagens com base em alguns critérios, como giro dos produtos, valor dos itens, histórico de erros ou criticidade para a operação. Dessa forma, é possível identificar falhas e corrigi-las rapidamente, evitando impactos negativos na cadeia de suprimentos.
O inventário cíclico reduz a necessidade de paralisações operacionais, pois segmenta a contagem por setores ou grupos específicos. Isso é especialmente vantajoso para empresas com alto volume de movimentação de mercadorias, como varejo, e-commerces, distribuidoras e operadores logísticos.
Principais características do inventário cíclico:
- contagem de estoque setorizada, seja por endereçamento ou SKU;
- realização frequente de contagens, reduzindo a necessidade de paradas operacionais para uma contagem geral;
- permite identificar erros rapidamente e corrigi-los antes que afetem a precisão do estoque;
- aumenta a acuracidade do inventário e melhora a gestão de suprimentos;
- é possível ajustá-lo de acordo com a criticidade e a movimentação dos itens.
Por exemplo, um e-commerce que recebe centenas de pedidos por dia pode adotar o inventário cíclico para conferir os produtos vendidos com mais frequência. Isso evita ruptura de estoque e garante que os clientes sempre encontrem os itens disponíveis para compra.
Quais os tipos de inventário cíclico?
Existem três tipos de inventário cíclico, que são:
- contagem cíclica ABC;
- contagem cíclica de grupo;
- contagem aleatória.
Entenda!
Contagem cíclica ABC
A contagem cíclica ABC baseia-se no princípio de Pareto, que indica que 20% dos produtos costumam representar cerca de 80% das vendas. Esse método classifica os itens em três categorias:
- A: produtos de alta rotatividade, que são contados com maior frequência (diária ou semanalmente);
- B: itens de giro médio, verificados em intervalos intermediários (mensalmente);
- C: produtos de baixa movimentação, conferidos com menos frequência (trimestralmente ou semestralmente).
Quer entender na prática? Então, imagine um supermercado que vende alimentos perecíveis e itens de limpeza.
Os produtos da seção de laticínios (alta rotatividade) são conferidos diariamente, enquanto os produtos de limpeza (média rotatividade) passam por contagem quinzenal. Já os utensílios domésticos (baixa rotatividade) são verificados apenas a cada três meses.
Contagem cíclica de grupo
Em geral, empresas que estão iniciando o processo de inventário cíclico utilizam a contagem cíclica de grupo, com o intuito de testar a eficiência do método.
Nesse modelo, é necessário escolher um conjunto específico de itens para ser inventariado repetidamente em um curto período. O objetivo é identificar falhas na gestão do estoque e aprimorar a acuracidade das informações.
Por exemplo, um armazém logístico pode selecionar um grupo de 100 SKUs críticos para contar toda semana durante três meses. Caso o responsável encontre divergências frequentes, poderá realizar ajustes antes de expandir o inventário cíclico para toda a operação.
Contagem aleatória
Aplica-se a contagem aleatória quando não há critérios específicos para a separação dos produtos. Nesse caso, seleciona-se os itens de forma aleatória para conferência em diferentes períodos. É um método útil para manter um controle imprevisível do estoque e evitar que erros sistemáticos passem despercebidos.
Na prática, um distribuidor de peças automotivas pode programar contagens semanais para que, a cada ciclo, verifique aleatoriamente um conjunto diferente de peças. Dessa forma, vai revisar todas as categorias ao longo do tempo, garantindo mais controle sem interferir na operação diária.
Leia também: Inventário de estoque: o que é e como fazer?
Inventário geral: como funciona e quando utilizar?
Diferente do inventário cíclico, o inventário geral é um levantamento completo de todos os ativos de uma empresa, realizado em momentos estratégicos para garantir a precisão dos registros contábeis e operacionais.
O processo exige a contagem total dos produtos armazenados, de modo a fornecer um panorama detalhado do estoque da organização.
Geralmente, o inventário geral ocorre uma ou duas vezes ao ano e pode demandar a paralisação parcial ou total das operações para garantir a precisão da conferência. Para minimizar o impacto, muitas empresas optam por realizá-lo em períodos de menor movimentação, como feriados, finais de semana ou durante turnos reduzidos.
Além da conferência de estoque, o método ajuda a identificar ativos ociosos, otimizar o espaço de armazenamento e verificar possíveis perdas ou desvios. Em empresas que lidam com matérias-primas de longa validade, ou equipamentos de uso contínuo, o inventário geral permite ajustes estratégicos no planejamento de compras e manutenção.
Principais características do inventário geral:
- garante que os registros financeiros reflitam a realidade do patrimônio da empresa;
- fornece um levantamento detalhado dos ativos envolvidos;
- identifica excessos, perdas ou ativos subutilizados, permitindo otimizações no armazenamento;
- pode impactar a produtividade, já que muitas empresas precisam suspender as atividades para sua realização;
- é ideal para verificar a exatidão dos registros contábeis e fazer ajustes em grandes volumes de dados.
As empresas que trabalham com mercadorias de baixa rotatividade, como armazéns de matérias-primas, costumam utilizar o inventário geral para revisar o estoque com menos frequência, garantindo que as informações contábeis estejam alinhadas com a realidade. As operações logística de alta rotatividade também deveriam fazer ao menos um inventário geral ao ano, para manter a acuracidade de estoque no maior nível possível.
WMS para logística: como melhorar o controle de estoque?
Além de garantir um estoque bem organizado, um WMS implantado na operação logística facilita a tomada de decisão com base em dados atualizados.
Com o sistema, gestores podem acompanhar métricas importantes, como a taxa de giro dos produtos, níveis de reabastecimento e histórico de movimentação. A partir desses dados, é possível prever demandas com mais precisão e evitar tanto excessos quanto rupturas de estoque.
Outro benefício é a redução de tempo que se gasta em tarefas operacionais. Sem um sistema automatizado, os funcionários precisam registrar entradas e saídas manualmente, o que aumenta as chances de erro e exige mais dedicação para conferências constantes.
Com um WMS, esse processo se torna mais ágil, pois o software integra diferentes setores e atualiza os registros em tempo real.
Além disso, um WMS melhora a comunicação interna, pois conecta diferentes equipes – como vendas, compras e logística –, garantindo que todas tenham acesso às mesmas informações. Ou seja, reduz falhas na reposição de mercadorias e melhora o fluxo de trabalho, tornando a operação mais eficiente e lucrativa.
Leia também: Guia completo de implantação de WMS para diferentes setores
Como um WMS pode ajudar na gestão de estoque?
- automatiza a contagem de produtos, melhorando a acuracidade dos dados;
- ao registrar as movimentações, garante a rastreabilidade e evita divergências;
- reduz perdas, pois identifica discrepâncias rapidamente e reduz o desperdício.
Um pequeno varejista, por exemplo, pode implementar um WMS para garantir que seus produtos estejam sempre bem organizados e contados, reduzindo perdas e otimizando os processos de reposição.
Controle de estoque: qual a melhor estratégia para sua empresa?
Tanto o inventário cíclico quanto o inventário geral têm suas vantagens e são indicados para diferentes cenários. No entanto, a escolha da estratégia ideal depende do tipo de empresa, do volume de operação e do fluxo de mercadorias.
Se sua empresa precisa de um controle mais dinâmico e atualizado, o inventário cíclico pode ser a melhor opção, pois permite ajustes constantes sem interromper a produção. Por outro lado, o inventário geral ainda é uma alternativa interessante para validar as informações contábeis e garantir um balanço patrimonial preciso.
Independentemente do método escolhido, contar com um sistema WMS é um diferencial para manter a precisão dos dados, automatizar processos e evitar falhas humanas no controle de estoque.
Conheça o WMS da Stokki
Como vimos, manter um controle de estoque eficiente é fundamental para evitar prejuízos e melhorar a gestão da cadeia de suprimentos. O inventário cíclico se destaca por sua flexibilidade e frequência de verificação, enquanto o inventário geral é indicado para balanços contábeis e empresas de baixa rotatividade.
Seja qual for a sua estratégia, utilizar um WMS é essencial para otimizar o controle de estoque e reduzir erros na operação logística.
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